Lembro-me com carinho do dia que te conheci, era 23 de dezembro de 2013. Foi um daqueles dias em que não se quer sair de casa, mas que sua amiga insiste e você vai por não ter nada melhor pra fazer.
Lembro também de entrar na loja e te ver de canto de olho, fiquei encantada logo na primeira espiadinha…
Depois de um tempo ajudando minha amiga a procurar o presente perfeito, não resisti e fui te conhecer. Cheguei devagar, peguei você da prateleira e li sua contracapa. Meu coração disparou e eu sabia que tinha que te levar, era como se uma conexão fosse estabelecida naquele instante.
Logo, lembrei que tinha apenas 22 reais no bolso. Eu fiquei bem triste e prometi voltar pra te buscar no dia seguinte (pediria dinheiro emprestado para o papis). Mas, isso não aconteceu, pois quando fui ver o preço, você custava apenas 20 reais (não era um livro famoso ou de algum escritor famoso aqui no Brasil, era só mais um livro da estante) e eu te levei pra casa.
Não demorou muito pra que eu terminasse o livro que estava lendo e começasse a ler você… comecei às 16h do dia 26 de dezembro de e ás 4h30 da manhã eu chorava compulsivamente com o seu final. O fato é que percebi o quanto estava desperdiçando da minha vida e decidi que, depois de ler você, eu precisava ser uma pessoa melhor!
E assim começou minha história de amor com os livros de Jojo Moyes, um ano e pouco antes de ela se tornar uma das maiores escritoras da atualidade. O livro “Como eu era antes de você”, que hoje já vendeu mais de cinco milhões de exemplares, me mudou de um jeito estranho, ele me fez ver o quanto podemos perder e o tanto que deixamos se perder de nós por puro medo e comodismo. Depois dele não parei mais de ler os livros dessa incrível mulher que nasceu em 1969, já publicou 13 livros dos quais 11 já foram lançados no Brasil (e eu tenho o orgulho de dizer que tenho todos os traduzidos).
Jojo é conhecida por escrever romances, mas vou um pouco mais a fundo quando digo que ela escreve sobre a alma das mulheres fortes e da capacidade que elas têm de superar tudo (o tempo, a violência, a dor e a perda). Em todos os livros que já li da autora, sempre conheci pessoas que me pareciam mais reais do que a própria realidade, diferente dos romances atuais que falam de relacionamentos possessivos, de mulheres que se tornam dependentes do amor e histórias que parecem estar apenas no imaginário, as histórias contadas por ela nos fazem repensar a vida e ver nas fraquezas dessas mulheres uma razão para lutar.
Em tempos em que o feminismo ganha várias vertentes e muitas interpretações, as mulheres desses livros – na minha humilde opinião – representam o que existe de mais bonito em uma história de superação. O romance existe, mas elas acabam vencendo por elas mesmas, se mantém de pé diante do que as aflige, caem, erram, acertam, julgam mal, são julgadas e reconstroem suas vidas. Ela escreve sobre mulheres que queremos ser, pessoas que gostaríamos de ter conhecido e escutado suas histórias, ter participado dessas histórias para ao menos dar um abraço dizendo que tudo vai dar certo, mesmo que nem sempre do jeito que imaginamos.
Jojo escreve muito mais que histórias de amor, ela escreve sobre pessoas e, às vezes, parece que acerta em cheio e escreve sobre nós mesmos! Então, leia os livros de Jojo Moyes, prepare-se para sentir uma infinidade de sentimentos e “ Viva bem… Apenas Viva”
Uma breve passagem do livro Baía da Esperança:
“Observe o mar por tempo suficiente, seus humores e suas exaltações, suas belezas e seus terrores, e você terá todas as histórias de que precisa, de amor e perigo e daquilo que a vida nos traz em suas redes. E do fato que ás vezes não somos nós que estamos no leme, e não podemos fazer mais do que confiar em que tudo vai dar certo”
Confie, leia Jojo =)

Para quem quiser saber mais:
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