Atrasos constantes, champagnes, comprimidos – muitos comprimidos – e apenas duas gotinhas de Chanel nº 5… esta era Marilyn Monroe.
Loira, linda, famosíssima, ícone de uma geração e com um círculo social pra lá de estrelado. Marilyn convivia com astros do calibre de Frank Sinatra, Marlon Brando, Arthur Miller, entre outros.
Na década de 1950, ela viveu o efervescente mundo do cinema e teve que atuar (ou pelo menos tentar) tanto em frente às câmeras, quanto por trás delas. Isso porque os cabelos amarelos e os lábios – quase sempre – vermelhos escondiam uma mulher triste e solitária que estava em busca de uma vida plena e feliz.
A vida nos bastidores
No livro “A vida secreta de Marilyn Monroe”, de J. Randy Taraborrelli, a icônica sex symbol é mostrada em uma versão mais humana, deixando de lado o glamour e alegria que Hollywood vendia e trazendo à tona uma mulher esforçada, mas insegura e sozinha.
A narrativa traz a dimensão do declínio mental de Marilyn ao tentar ajuda sua mãe (Gladys Baker, que sofria de esquizofrenia) e a si mesma. Além disso, Taraborrelli expõe o perfil de outras mulheres que também influenciaram a vida da atriz, como sua mãe de criação, sua tutora, sua irmã, entre outras.
Mesmo com o mundo aos seus pés, Norma Jean (seu nome de batismo) trazia consigo um grande vazio em razão de sua infância “cigana” (morou em diferentes tipos lares), por todos os obstáculos enfrentados na indústria cinematográfica e, claro, por seus relacionamentos amorosos.
Em sua tentativa de construir algo mais sério com Frank Sinatra, ela se mostrava disposta a mudar seus hábitos por ele.
Um de seus costumes mais, digamos, pouco usuais, era andar nua pela casa, diante de amigos, funcionários e, até, visitas. Sinatra não curtiu muito a ideia.
Tempos difíceis – Sinatra
O que se conta é que Marilyn havia adquirido o hábito de não se vestir quando estava em casa. Todos que a conheciam bem sabiam dessa mania. Sempre dizia que preferia ficar nua; amigos e criados estavam acostumados a vê-la au naturel. Quando se hospedou com Frank nessa época, Marilyn não alterou seus hábitos. Certa manhã, de acordo com um amigo de Sinatra, ele acordou, foi para a cozinha vestindo apenas um short, e encontrou Marilyn parada diante do refrigerador aberto, com o dedo mínimo na boca, tentando decidir se bebia suco de laranja ou de grapefruit. Estava nua. “Oh, Frankie”, teria dito, provavelmente fingindo constrangimento. “Não sabia que você acordava tão cedo.”
(…)
Uma vez, ela apareceu distraída e nua em um jogo de pôquer de Frank com os amigos, algo que o enfureceu. “Leve esse traseiro gordo de volta para o quarto”, explodiu. Mas não conseguia ficar zangado com ela por muito tempo. De fato, amava Marilyn – embora não estivesse apaixonado por ela – e entendia suas fraquezas. Era frágil e delicada, características que Frank não apreciava em uma mulher. Jamais permitiria a nenhuma de suas mulheres o luxo da vulnerabilidade, mas, com Marilyn era diferente. Era especial.
Depois daquele jogo de pôquer, quando os amigos foram embora, Sinatra voltou para o quarto dela, segundo recordações de Marilyn: “beijou-me no rosto, e fez que me sentisse muito especial. Daquele dia em diante, sempre me vesti para ele, mesmo que não houvesse mais ninguém em casa”.
Loira fatal influenciadora
Marilyn estava sempre disposta a ceder para ter ao seu lado alguém que a fizesse sentir em casa, parte de um relacionamento, pertencente a uma família. O que pode parecer difícil de imaginar para uma mulher que, na época, tinha uma figura de dominadora e autossuficiente.
Entre a cena famosíssima do vestido voando em cima de uma saída de ventilação do metrô, do filme “O Pecado Mora ao Lado“, até o tão conhecido quanto “Parabéns a Você”, no aniversário do presidente americano John F. Kennedy, Marilyn Monroe passou por poucas e boas situações que a tornam uma personagem única na história mundial do cinema, referência também no mundo da moda e comportamental para milhares de mulheres ao redor do mundo.
Para quem quiser saber mais:
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