Lima Barreto é o autor homenageado da 15a Festa Literária Internacional de Paraty. A edição teve início na quarta-feira, dia 26 de julho, e as atividades irão até domingo, dia 30.
Neste ano, as atividades concentram-se ao entorno da Praça da Matriz. Os encontros são exibidos pelo telão no Auditório da Praça, com 700 lugares cobertos e gratuitos.
Primeiro dia
Na sessão de abertura, a historiadora e antropóloga Lilia Schwarcz pontuou a biografia de Lima Barreto. Sob direção de cena de Felipe Hirsch, Lilia revezava interpretações com o ator Lázaro Ramos, lendo textos do homenageado sobre o Brasil, o funcionalismo público e o meio literário do país na Primeira República.
O diretor geral da Flip, Mauro Munhoz, abriu a Festa Literária com um discurso que lembrou a primeira edição, em 2003, realizada no Centro Histórico de Paraty. Mauro destacou a importância de novas formas de ocupação em períodos de crise e transformação. “Que venham novas ideias, relações e construções para todos nós.”
A curadora Joselia Aguiar destacou a relação da obra de Lima com o presente e pontuou que a diversidade de ideias e gêneros foi a base conceitual de sua curadoria para esta edição.
“Uma nova história literária e um novo país podem ser repensados a partir de Lima Barreto.”
Joselia ressaltou também a importância de realizar uma Flip com diversidade de ideias e gêneros. Vale ressaltar que essa edição conta com o recorde de 30% de convidados negros e, pela primeira vez, mais mulheres do que homens nas mesas de debates. A organização afirma também ter optado por convidados mais “desconhecidos”, que estão nas margens da literatura internacional.
Se você tem interesse em saber como foi a sessão de abertura, que durou aproximadamente 1h30, olha só: a Flip disponibiliza no Youtube, completinha:
Encerrando a noite, o pianista André Mehmari tomou conta do Auditório da Praça para tocar uma suíte inédita de quatro movimentos (modinha, valsa, dobrado e maxixe) inspirada no universo do personagem Policarpo Quaresma, criada especialmente para a Flip 2017.
“As temáticas estão ligadas, sobretudo, a questões de mestiçagem e da identidade do Brasil. Isso tudo em contraste com informações e músicas da Europa. Diria que o tema da suíte é o piano brasileiro, um instrumento europeu tocando uma música mestiça”, afirma Mehmari.

O artista também brindou a plateia com uma música de Ernesto Nazareth, artista contemporâneo de Lima Barreto. Você pode conferir a apresentação completa, de quase 1h, também no canal do YouTube:
Fora das atividades programadas, o colaborador de Cultura do Portal El País, André de Oliveira, relatou tons políticos na abertura, dentro e fora da igreja da Matriz.

Detalhes você confere na cobertura:
https://brasil.elpais.com/brasil/2017/07/27/cultura/1501163186_321303.html
*Texto escrito com informações da Flip. Colaboradores do Cabruuum estarão em Paraty no sábado e domingo.
Para quem quiser saber mais:
A Flip oferece transmissões ao vivo pelo link:
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Saiba mais sobre Lima Barreto:
http://flip.org.br/edicoes/flip-2017/homenageado
E sobre a Flip:
http://flip.org.br/a-flip/sobre
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