Como nasce um vilão – VENOM

“Pode me chamar de VENOM – pois é isso o que sou pago para cuspir hoje em dia! Sou sua vítima, Homem-Aranha. Sou o inocente que você arruinou!”

 A verdade é que, apesar da frase de efeito aí em cima, demoramos alguns muitos capítulos até finalmente dar de cara com Venom.

Esta edição Marvel – Graphic Novel – é um apanhado das principais tramas e reviravoltas em que o uniforme negro do Homem-Aranha aparece até a sua definição como o simbionte alienígena que se uniu de forma definitiva a Eddie Brock.

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Começamos esta edição com o Aranha voltando dos eventos ocorridos em Guerras Secretas [crossover produzido nos anos 1980, envolvendo vários dos principais heróis e vilões da editora].

Nesta saga anterior à que estamos lendo, seu uniforme se rasga numa das batalhas e, enquanto perambula pela nave que os levou ao Mundo Bélico, o Cabeça de Teia encontra uma máquina que o ~conserta~, substituindo-o por um material alienígena que não só imita o tradicional – mas na cor preta – como também responde aos pensamentos de Peter, por exemplo, fazendo uma abertura na boca quando ele pensa em comer algo.

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[Logo na capa da Parte 2, o Aranha tomando um belo susto quando o uniforme inteligente “se vestiu” nele pela primeira vez]

Daí você vai pensar “Poxa, precisa ler outra história pra entender esta?”.
Não necessariamente. A menos que você seja curioso como eu, aí você vai QUERER ler a história anterior 😀

Como disse antes, este volume é a junção dos momentos mais importantes para a criação de Venom, são mais de 50 edições entre a primeira aparição do Aranha com o uniforme negro na Terra até a revelação de Brock sob a alcunha de Venom. Explico melhor. Esta edição começa com The Amazing Spider-Man: Birth of Venom nº 252, então pula para as nº 256, 257, 258, 259, daí pra Web of Spider-Man nº 01 e volta pra The Amazing Spider-Man: Birth of Venom nº 300.

“Nossa, mas a história não fica confusa com esse monte de edição pulada?”
Não, não fica 🙂

Boa parte das graphic novels que lemos por aí em capa dura um dia já foram edições regulares. Esta não é diferente. E, pensando nisto, esta coleção sempre tem um A história até aqui… com o resumo dos eventos que levaram até aquele momento em que iniciamos a leitura.

Essa edição do Homem-Aranha em especial também tem este tipo de resumo de acontecimentos entre as edições “puladas”, mas não tem nada realmente que faça falta pra história que nos interessa aqui – O nascimento de Venom.

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Mas nem só de Homem-Aranha e Venom vive a nossa vizinhança. Enquanto Venom não nasce como vilão, vamos acompanhando outros personagens que pertencem a este universo, como a Mary Jane e a Tia May (ah vá), a Gata Negra (que estava de rolo com o Cabeça de Teia na época…), cruzamos também com o Puma, Duende Macabro, o Abutre (ou melhor, uns caras que tentam imitá-lo) e o Rosa – um gangster que rivaliza com o Rei do Crime, e o próprio (Fisk) tem uma breve participação especial na trama.

Outro personagem presente em momentos-chaves é o Sr. Fantástico. Desconfiado da tecnologia alienígena que imitou o uniforme do Aranha desde as batalhas no Mundo Bélico, foi ele quem descobriu e avisou o Teioso de que sua roupa nova na verdade era um ser inteligente, um simbionte que estava conectado física e mentalmente com seu corpo, alimentando-se dele e mudando a sua personalidade :O

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Por ser uma história costurada ao longo de tantas edições, além de David Michelinie, Tom DeFalco e Louise Simonson também são creditados como roteiristas, e nos desenhos temos Todd McFarlane, mas também Ron Frenz e Greg LaRocque. Apesar de tantas mãos, o tom da HQ é mantido durante toda a trama, com um estilo bem anos 1980: aproveitando-se sempre as falas e pensamentos dos personagens para explicar ao leitor os acontecimentos passados e futuros e também o estado emocional dos protagonistas.

Assim, permeiam toda a trama não apenas a narrativa de Peter, mas suas piadas e trocadilhos habituais como Homem-Aranha.

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[Nesta cena, Peter tinha acabado de se livrar do simbionte-uniforme, então, pra manter a identidade secreta, teve que improvisar]

Curiosidade: A ideia do uniforme negro do Homem-Aranha veio como sugestão de um fã, Jim Shooter, editor-chefe na época, gostou da ideia e a comprou por 200 dólares. Tom DeFalco chegou a trabalhar na trama com o fã, mas nunca foi publicada até que Roger Stern idealizou a cena de Guerras Secretas em que uma máquina “veste” o simbionte alienígena no Aranha.


Para saber mais:

– sobre a coleção Marvel Graphic Novels: clique aqui

– sobre o tema, mas em vídeo (conheça nosso canal no YouTube):

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